sábado, 27 de março de 2010

Alma Farta

“A alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce.” (Provérbios 27:7 ARA)
Se tem uma coisa que irrita a gente é ingratidão. Às vezes damos uma moeda para um mendigo e ao invés de agradecer ele diz “que miséria”. Me arrebento na cozinha preparando uma refeição e escuto “isso de novo”. Corto a grama porque o jardineiro não vem e ouço “que sujeira na calçada”. Ajudo alguém a arrumar um emprego e ele diz “essa senzala”. Jejuamos pela vida das pessoas e escutamos “que cara feia”. Que coisa!!! Nada serve!!!
Pois é, mas esse sintoma é antigo e conhecido. A alma farta pisa o favo de mel. Somos assim mesmo, como seres humanos. Sempre digo para meus dois filhos que sejam gratos em tudo, por singelo que seja. Nossa casa é pequena, mas é uma casa e não uma tenda. Nossas roupas não são de marca, mas estão sempre limpas e decentes. Temos dois carros debutantes, mas são dois. Gratidão, meu irmão.
Para o faminto tudo é doce. Na época em que a gente andava no carro-tabernáculo (seguido pela nuvem da glória) era melhor que a chuva. Fomos fiéis sobre pouco e Deus nos abençoou com mais. Quando a casa não tinha quarto para todo mundo, compartilhávamos. Carne moída era churrasco. Ovo cozido tinha gosto de picanha. Gratidão, meu irmão, gratidão.
Não sejamos assim com Deus. Antes de reclamar do marido/esposa, agradeça não ter ficado só. Antes de reclamar que está só, agradeça não ter se casado mal. Antes de pedir aumento, agradeça o que já ganha. Antes de pedir um emprego, agradeça ter saúde para trabalhar. Antes de pedir cura, agradeça ter tido saúde antes.
A advertência bíblica aqui é para todos nós, jovens ou velhos, fartos ou famintos, homens ou mulheres: sejamos agradecidos como a alma faminta. Ser faminto nem sempre é um depreciativo e este é um bom exemplo. Ser faminto da presença de Deus é outro exemplo, faminto pela Sua Palavra.
Vivamos com a atitude da alma faminta para fazer juz à fartura.
“Pai, que bom que o Senhor cuida mim e de nada terei falta. Confio em Teu suprimento e Te agradeço por ele.”

Mário Fernandez
Extraído de www.ichtus.com.br

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sinal

“Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele.” (Mateus 27:42 ARA)

O tal do ser humano é espantoso, mas nem sempre no sentido elogioso. Depois de pelo menos 3 anos pregando e operando maravilhas, fazendo milagres, curas, libertações, até mortos ressuscitaram… Que sinal ainda era este necessário para que cressem. Faz-me pensar que se realmente Jesus descesse da cruz ali na frente deles (aleluia, Ele não o fez!) ainda assim não creriam. Dar-lhe-iam uma surra e o pregariam de volta onde estava dizendo ‘aí é teu lugar’. Não, meus irmãos, ali não é Seu lugar.
Nós não somos tão diferentes dos religiosos da época. Nossa memória é igualmente curta e comprometida, se não comprometedora. Nem sempre nos lembramos do que o Senhor já fez por nós e acabamos pedindo mais e mais e mais sinais. Somos falhos, somos humanos. Somos, naturalmente falando, incuráveis das nossas falhas. O que nos sara e nos transforma é o sangue do Cordeiro Perfeito de Deus, que nos regenera (gera de novo) e isso é 100% sobrenatural. Que bom.
Mas, no meio de tudo isso, estamos em processo de aperfeiçoamento. O que devemos atentar ao extremo é justamente para que não pequemos por ficar pedindo para Deus algo que Ele já nos deu. Podemos pedir que sejamos curados fisicamente, mas já não podemos mais pedi-lo como um sinal. Podemos pedir convicção e discernimento, mas não podemos pedir como sinais. Podemos clamar por socorro, mas não para que Deus se mostre para que creiamos. Isso tudo já ficou para trás.
Devemos trocar estes pedidos de sinais por agradecimentos, repletos de gratidão. Anunciar os feitos do Senhor para que os outros creiam, não pedir mais sinais. Ou isso, ou vamos acabar incorrendo no erro de tentar tirá-lo da cruz, e isso, para nós, seria anular o sacrifício que nos salvou.

“Senhor, é tão bom lembrar todas as maravilhas que o Senhor já fez. Ensina-me a valorizar isso de maneira apropriada. Ajuda-me a ter na memória Teus feitos para que outros possam crer.”

Mário Fernandez
(Extraído de www.ichtus.com.br)